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Descubra como descartar corretamente máscaras descartáveis

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mascara descartavel encontrada poluindo a natureza

Desde que a pandemia do COVID-19 começou, o mundo aderiu ao uso de máscaras por ser uma das medidas profiláticas mais básicas e essenciais. Porém, um grande problema surgiu: como fazer o descarte correto de máscaras descartáveis?

Neste artigo você vai aprender:

  • Máscara cirúrgica descartável é mesmo a mais segura contra o vírus?
  • Como descartar sua máscara
  • Como descartar de forma segura os resíduos sólidos de um paciente de covid?
  • Como descartar resíduos sólidos de pessoas saudáveis durante a pandemia

Muitas pessoas têm optado por usar máscaras descartáveis e com isso o mundo se vê no meio de mais um problema. Segundo um estudo da University of Southern na Dinamarca, são descartadas por minuto 3 milhões de máscaras em todo mundo e por mês 129 bilhões de máscaras são utilizadas.

Máscaras descartáveis são confeccionadas com um tecido sintético chamado TNT “tecido não tecido” que é composto de polipropeno (um polímero termoplástico). Estima-se que esse material leve de 400 a 450 anos para se decompor na natureza. Essa informação por si só é preocupante para as autoridades sanitárias de todo mundo, mas também para cada cidadão preocupado com o futuro do planeta. É importante cuidar dessa questão hoje para que máscaras descartáveis usadas durante a pandemia sejam, no futuro, peças de museu e não encontradas em praias e dentro de animais marinhos. 

Máscara cirúrgica descartável é a mais segura contra o coronavírus?

 A Universidade de Duke, nos Estados Unidos, publicou um estudo que avaliou o grau de dispersão de partículas provenientes da fala em 14 tipos de máscaras descartáveis e máscaras de pano. O experimento utilizado foi bastante simples, consistia em colocar voluntários para repetir um pequeno texto falado enquanto usavam cada uma das máscaras. Enquanto isso, uma câmera gravava o experimento – vídeo que teve duração aproximada de 40s a fim de registrar as gotas de saliva emitidas durante a fala. 

Os primeiros 10 s do vídeo serviram como linha de base. Nos próximos 10s, o usuário da máscara foi instruído a  repetir a frase “Fique com saúde, gente” cinco vezes, quando a câmera continuou a gravar por mais 20s. Para cada máscara e para o ensaio de controle, este protocolo foi repetido 10 vezes. Também foi usado um algoritmo de computador para contar o número de partículas em cada vídeo.

Os resultados desse estudo você confere a seguir listado da máscara mais eficaz para a menos eficaz:

  • 1º – Máscaras N95 apresentaram os melhores resultados na retenção de partículas, chegando a reter mais de 99,9% das partículas.
  • 2º – Máscaras descartáveis cirúrgicas de três camadas de polipropileno conseguiram bloquear aproximadamente 90% das partículas.
  • 3º – Máscaras de algodão feitas à mão, as mais comuns utilizadas pelas pessoas, apresentaram 70-90% de eficácia na retenção de partículas.
  • 4º – Bandanas dobradas reduziram apenas 5% a dispersão de partículas.
  • 5º – Lenços de lã, geralmente usados por atletas, acabaram aumentando a dispersão de partículas ao quebrá-las em partículas menores, gerando um maior potencial de contaminação

Como descartar máscara descartável 

Desde o começo da pandemia se popularizou o uso de máscaras descartáveis, luvas descartáveis e demais materiais que protegem quem as usa contra o coronavírus. Porém é importante que todos tenham consciência do resíduo que está descartando, para que assim, possam descartar corretamente esses materiais. Estudos mais recentes mostram que o vírus da COVID-19 pode ficar por dias na superfície de objetos que entraram em contato com vírus. Dessa forma é imperativo que o descarte seja feito da forma mais segura possível. 

Tem filhos? Então você vai gostar de ler esse artigo: Seu bebê ainda usa fralda descartável?

Como descartar resíduos sólidos de paciente infectado pelo coronavírus 

A Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) disponibilizou uma cartilha com recomendações para a gestão de resíduos em situação de pandemia de COVID-19. Abaixo reproduzimos o trecho que orienta a descarte de resíduos produzidos por pacientes infectados:

Os resíduos produzidos pelo paciente em isolamento no domicílio e por quem lhe prestar assistência, caso suspeito ou confirmado de infecção por COVID-19, devem ser: 

  • separados, colocados em sacos de lixo resistentes e descartáveis;  
  • fechados com lacre ou nó quando o saco tiver até 2/3 ( dois terços) de sua capacidade;  
  • introduzido o saco em outro saco limpo, resistente e descartáveis, de modo que os resíduos fiquem acondicionados em sacos duplos;  
  • fechado e identificado, de modo a não causar problemas para o trabalhador da coleta e nem para o meio ambiente;  
  • encaminhado normalmente para a coleta de resíduos urbanos.

Quanto aos resíduos recicláveis recomenda-se aos domicílios com caso confirmado de Coronavírus (COVID19), não entregar resíduos recicláveis aos catadores, a fim de não expor esses trabalhadores ao risco. 

Os resíduos da coleta seletiva devem ficar em quarentena em um local separado e armazenado durante um período de tempo. Devido ao desconhecimento sobre como e por quanto tempo o Covid-19 pode ser transmitido por contato com os objetos, não é possível sugerir um prazo para quarentena dos materiais recicláveis.

Se o paciente estiver em condomínio é necessário informar ao síndico ou responsável pelas medidas de segurança e higiene do coletor ou funcionário destinado a função. O prestador de serviço de saúde, que acompanha o tratamento do paciente em seu domicílio, poderá providenciar que os resíduos gerados pelo paciente nesse domicílio recebam coleta e tratamento adequados. Desta forma, deverá ser enviado pelo próprio estabelecimento um  kit com sacos plásticos vermelhos e lacres, bem como feita a coleta dos resíduos.

Como descartar resíduos sólidos de pessoa saudável

Antigamente, quando máscaras descartáveis eram usadas essencialmente por profissionais da saúde como médicos e enfermeiros, o descarte era feito em caixas específicas de cor amarela e sinalizadas como “resíduo infectante”. Hoje em dia, com a popularização do uso de máscaras descartáveis é comum encontrar máscaras jogadas em vias públicas sem a menor consideração com a sociedade e o meio ambiente. 

Em Hong Kong a situação está alarmante, ambientalistas encontraram máscaras de proteção poluindo trilhas e praias. Para que essa situação não se agrave a recomendação dada pela Abes é que mesmo pessoas saudáveis sigam os mesmos procedimentos supracitados já que a pessoa pode estar contaminada, transmitir a doença mas não apresentar sintomas (assintomáticos). 

No caso das máscaras descartáveis o ideal é que elas sejam descartadas no cesto para lixo do banheiro e colocadas dentro de um saco plástico. Caso o cesto já tenha um saco plástico essa medida não é necessária. Essa orientação existe pela facilidade de higienização das mãos antes e após a troca da máscara, bem como contribui para um menor risco de contaminação. Mas lembre-se de fechar bem o seu lixo doméstico antes de entregá-lo ao funcionário que recolhe o lixo na sua cidade. 

Para onde vão esses resíduos?

A orientação de descarte no lixo sanitário de máscaras e luvas expostas ao vírus pressupõe a dupla embalagem. Isso porque sacos plásticos com lixo sanitário são acondicionados em sacos maiores durante o procedimento de coleta. Essa prática já é comum e garante mais proteção dentro da cadeia de gerenciamento de resíduos, ou seja, em todas as etapas do caminho desse lixo: manuseio, coleta, transporte e destinação final. O duplo ensacamento ainda minimiza o risco de contaminação dos profissionais envolvidos e evita que máscaras e luvas sejam desviadas para uma possível reutilização ou mesmo dispostas na natureza com exposição humana, animal e poluição do ambiente.

É essencial que os funcionários da limpeza, coleta, transporte e destinação desses resíduos estejam devidamente equipados com EPIs (equipamento de proteção individual) assim o risco de contaminação é reduzido. 

Já o destino desses resíduos infelizmente continua sendo o mesmo de resíduos comuns. Dessa forma a coleta regular do município encaminha os resíduos urbanos para aterros sanitários. Por enquanto não existem condições operacionais para um coleta de resíduos infectantes, isso porque seria necessário aumentar custos operacionais e de logística.

Máscaras e fraldas descartáveis podem ser recicladas?

Infelizmente máscaras e fraldas descartáveis não podem ser recicladas.  O principal motivo é pela contaminação do material com fluídos. No caso das fraldas essa é realmente uma grande questão para a saúde do meio ambiente já que uma única fralda pode demorar 600 anos para se decompor. E a estimativa é que um bebê consome mais de 3 mil fraldas durante toda a fase de precisar desse recurso. 

Já no caso das máscaras descartáveis uma saída viável seria o coprocessamento (geração de energia pela queima de resíduos). Assim, a melhor alternativa para ajudar de fato o meio ambiente é adotar o uso de máscaras e fraldas de tecido. No caso das máscaras já estamos bastante acostumados com essa prática, mas e quanto às fraldas descartáveis? Qual a melhor alternativa para elas? 

Uma alternativa mais econômica e até mais saudável para bebês é o uso de fraldas de pano. Isso porque a maioria das fraldas descartáveis passam por um processo de embranquecimento onde são usadas muitas substâncias químicas que podem inclusive causar alergia. Outra opção interessante são fraldas biodegradáveis mas se atente aos componentes da fralda, pois, apesar de reduzirem danos quando comparadas às fraldas comuns, os fabricantes não costumam mencionar do que são feitas a parte absorvente da fralda, algo que é mais complicado de ser descartado ecologicamente.

Teste de Covid – como reciclar

Recentemente nós da Ecoassist recebemos 535 kilos de testes de covid vencido para ser feito o descarte correto. Logo de início pensamos em enviar os testes para reciclagem. No entanto, esse tipo de teste rápido de covid é composto de vários materiais, um dentro do outro, o que tornaria o custo de separação muito alto. A segunda melhor ideia e que foi escolhida pelo nosso cliente foi a de Coprocessamento (processo de aproveitamento energético através do CDRU).

O CDRU é proveniente da sobra dos materiais que não foram aproveitados no processo de separação “Refugo de Reciclagem”. O “refugo” passa por etapas de trituração e tratamento, permitindo sua adequação para alimentação dos fornos nas cimenteiras. O CDRU – Combustível Derivado de Resíduos Urbano – entra como um substituto dos combustíveis fósseis.

Gosta de sustentabilidade? Então continue aprendendo e confira o artigo: Tipos de Resíduos Sólidos e seu Descarte Ecológico

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