O EPI hospitalar é fundamental para proteger profissionais da saúde contra acidentes e contaminações, mas os números mostram que seu uso nem sempre é suficiente.
Entre 2018 e 2022, o Brasil registrou milhares de acidentes de trabalho envolvendo profissionais da área da saúde. Muitos desses casos ocorreram por falhas no uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas, máscaras e óculos de proteção — itens essenciais para garantir a segurança durante o atendimento.
Esses números mostram que apenas ter os equipamentos não garante proteção. É preciso saber como usá-los e descartá-los corretamente. Neste texto, você vai conferir:
- Principais tipos de EPIs hospitalares e suas funções;
- Regras da NR-32 e da NR-06 para uso em hospitais e clínicas;
- Diferença entre EPI e EPC hospitalar;
- Riscos do descarte incorreto de EPIs;
- Procedimentos da ANVISA para descarte de equipamentos contaminados;
- Como realizar o descarte correto com empresas especializadas, como a Ecoassist.
💡Importante: a Ecoassist realiza o descarte apenas de EPIs hospitalares que já tenham sido devidamente descontaminados e higienizados, conforme as normas sanitárias vigentes.
Continue lendo e descubra como assegurar que cada equipamento tenha o destino certo!
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O que é EPI hospitalar e para que serve?
EPI hospitalar é o equipamento de proteção individual usado por profissionais da saúde para reduzir o risco de contaminação e acidentes durante o trabalho.
Ele serve como uma barreira entre o colaborador e possíveis agentes biológicos, químicos ou físicos presentes no ambiente hospitalar. Entre os principais exemplos estão o avental, as luvas, o calçado de segurança e a máscara facial.
Cada item precisa ter o Certificado de Aprovação (CA), emitido pelo Ministério do Trabalho, que assegura sua conformidade com as normas técnicas.
A definição de EPI está descrita na Norma Regulamentadora 06 (NR-06), que determina que todo equipamento de uso individual voltado à proteção contra riscos ocupacionais é considerado um EPI.
Essa norma também orienta sobre a obrigatoriedade de fornecimento, uso e manutenção dos equipamentos.
NR-32: regras para o uso de EPI em hospitais e clínicas
A NR-32 complementa a NR-06 ao tratar das medidas de proteção específicas para quem trabalha em hospitais, clínicas e outros serviços de saúde.
Ela determina que os EPIs hospitalares devem estar sempre disponíveis em quantidade suficiente, com reposição imediata quando necessário.
Além disso, a norma estabelece regras rígidas de higienização, descarte e manutenção dos equipamentos.
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Tipos de EPI hospitalar usados em hospitais e clínicas
O EPI hospitalar varia conforme a atividade e o nível de exposição a agentes nocivos.
Profissionais de enfermagem, limpeza e equipe médica utilizam equipamentos diferentes, conforme os riscos previstos no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e nas normas de segurança do trabalho.
A seguir, confira os principais tipos de EPIs hospitalares:
- Luvas de proteção: impedem o contato direto com fluidos corporais e materiais contaminados. Também reduzem riscos de cortes, abrasões e exposição a agentes químicos ou térmicos.
- Máscaras faciais: bloqueiam a entrada de patógenos durante a respiração. Entre os modelos mais utilizados estão as PFF1, PFF2 (N95), PFF3, respiradores com filtro e máscaras autônomas.
- Protetores faciais e óculos de proteção: usados em situações com risco de respingos ou partículas em suspensão. O protetor de acrílico cobre toda a face, enquanto os óculos protegem contra impactos, luminosidade e radiação.
- Avental: forma uma barreira contra secreções e fluidos, evitando a contaminação das roupas e da pele.
- Calçado de segurança: fechado, antiderrapante e impermeável, diminui o risco de quedas e contaminação por contato com materiais infectantes.
Diferença entre EPI e EPC hospitalar
A diferença entre EPI e EPC hospitalar está na forma como cada um atua na proteção dos profissionais. Enquanto o EPI é voltado à segurança individual, o EPC tem foco coletivo.
O EPC é instalado em áreas comuns e tem o objetivo de prevenir riscos de forma mais ampla. Barreiras físicas, sistemas de ventilação e coletores de resíduos são exemplos que se encaixam nessa categoria.
Outra diferença importante está na responsabilidade pelo fornecimento. O empregador deve fornecer todos os EPIs necessários, enquanto o uso e a manutenção dos EPCs envolvem tanto a gestão do hospital quanto a colaboração dos profissionais.
Riscos do descarte incorreto de EPI hospitalar
O descarte incorreto de EPI hospitalar coloca em risco a saúde pública e o meio ambiente. Equipamentos contaminados, quando jogados em locais inapropriados, podem transmitir doenças e poluir o solo e a água, afetando comunidades inteiras.
Estabelecimentos que não seguem as normas de descarte estão sujeitos a consequências sérias, como multas, interdição parcial ou total e até o cancelamento do alvará de funcionamento.
Além do impacto direto à saúde, o problema se estende ao meio ambiente. Materiais contaminados podem liberar substâncias tóxicas e resíduos biológicos que se espalham facilmente, alcançando rios e lençóis freáticos.
O resultado é um ciclo de contaminação que ameaça tanto a vida humana quanto a fauna e a flora.
O que diz a ANVISA sobre o descarte de EPI hospitalar infectante?
A ANVISA determina que o descarte de EPIs hospitalares contaminados deve seguir regras rigorosas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS).
Essas normas estão descritas na Resolução RDC n.º 306/2004, que define procedimentos técnicos e legais para reduzir riscos de contaminação e proteger tanto os trabalhadores quanto o meio ambiente.
O processo começa com a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
Cada hospital ou clínica é responsável por esse plano, que deve considerar o tipo e a quantidade de resíduos gerados, além de estabelecer como será feito o manejo de cada categoria.
As principais regras da resolução para o descarte são:
- Tratamento dos resíduos: é necessário aplicar métodos que contenham o risco de contaminação, como a autoclavação ou a incineração, conforme as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
- Armazenamento externo: os resíduos precisam ser identificados e mantidos em recipientes certos, em local exclusivo, até a coleta. Não é permitido deixar sacos de lixo hospitalar fora desses recipientes.
- Coleta e transporte externos: devem seguir as normas da ABNT (NBR 12.810 e NBR 14.652), certificando o acondicionamento e a integridade dos trabalhadores envolvidos.
- Disposição final: o descarte no solo só é permitido em locais licenciados ambientalmente e preparados para receber esse tipo de resíduo.
Além da RDC 306, a ANVISA também disponibiliza o Manual de Segurança Hospitalar, com orientações sobre o reconhecimento e o controle dos riscos ocupacionais.
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Como fazer o descarte correto dos equipamentos
O descarte correto de EPI hospitalar começa na própria geração do resíduo. As instituições de saúde devem seguir a Resolução RDC 33/03 e ter um PGRSS.
Para garantir o cumprimento das normas, é importante contar com empresas certificadas para a coleta e destinação final dos resíduos hospitalares.
Elas têm os equipamentos, licenças e procedimentos necessários para descartar os itens de forma correta e legal.
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Na Ecoassist, cuidamos do descarte de EPIs e uniformes hospitalares de forma consciente e responsável.
Atuamos em território nacional, atendendo empresas de todos os portes que buscam descarte correto e alinhado à responsabilidade socioambiental. Trabalhamos apenas com itens já higienizados, sem risco de contaminação.
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Conclusão
EPI hospitalar não se resume ao uso no dia a dia dos profissionais de saúde; ele envolve conhecimento sobre tipos, funções e cuidados, incluindo o descarte.
Este artigo mostrou que cada equipamento cumpre um determinado papel na proteção individual. Enquanto isso, normas como a NR-06 e a NR-32 definem como esses itens devem ser fornecidos, mantidos e higienizados.
Também ficou claro que EPI e EPC têm funções complementares, mas distintas, e que a negligência no descarte desses materiais acarreta riscos para pessoas e meio ambiente.
A Ecoassist transforma esse cuidado em um processo simplificado e confiável. Com coleta nacional de EPIs e uniformes já higienizados, cada resíduo é identificado, separado e encaminhado para destinação final legal, garantindo rastreabilidade e conformidade.