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Reciclagem e descarte de cabos de fibra óptica

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descarte cabos de fibra optica

O cabo de fibra óptica é capaz de processar de 109 a 1010 bits por segundo de dados, isso resulta em uma velocidade de cerca de 40 Gbps de internet, TV e telefonia. Ele é o grande responsável pela internet veloz que tem no seu computador. Dessa forma, a transmissão de dados por fibra óptica pode ser até um milhão de vezes maior do que o cabo metálico ou coaxial. Com tantos usuários, você deve imaginar o montante de cabos de fibra óptica para descarte, não é? Nesse post você vai entender como esses cabos funcionam e como eles podem ser reciclados.

Segundo dados da Anatel, entre os anos de 2015 e 2017, o total de acessos mensais utilizando cabos de fibra óptica aumentou em mais de 630%, indo de 128 mil para 936 mil entre os provedores. Esse volume de uso representa 34,5% do uso total de internet por fibra no Brasil, um grande avanço, já que em 2015 essa porcentagem era de apenas 13%. Já em 2020, o número de contratos de banda larga fixa ativos no país chegou a 36,4 milhões. Isso representa um aumento de aproximadamente 18,8% em relação a 2019. Mesmo que grande parte das transmissões utilizem a estrutura da telefonia fixa (xDSL), a internet via fibra óptica vem crescendo e é a que mais registrou novos usuários, chegando a 19,1 milhões de acessos em abril de 2021. 

Nos cabos de fibra óptica, todo o sinal de dados é transformado em luz, que será transmitida por meio de reflexões ao longo de todo o cabo sem sofrer interferência. Essas características de rapidez, estabilidade e qualidade fazem com que a internet fixa seja 70% mais rápida no Brasil.

Como funciona o cabo de internet

Tráfego de dados quase na velocidade da luz é o que a tecnologia de fibra óptica promete. Sua composição é basicamente: feixes de vidro mais finos que um fio de cabelo humano (diâmetro de pouquíssimos micrômetros) revestidos de plástico isolante.

O feixe de vidro é muito fino, transparente, flexível e pode também ser produzido na forma de plástico. Seu objetivo é funcionar de modo eletricamente isolante, com a função de transmitir, em alta velocidade, conteúdo digital nos formatos de dados, voz e vídeo. Isso é possível por meio de sinais de luz transmitidos por longas distâncias. Dessa forma, o cabo de fibra óptica funciona como um extraordinário condutor de luz, imagens e impulsos codificados.

cabo de internet fibra óptica reciclagem com a Ecoassists

Composição do cabo de fibra óptica

Agora explicando de forma mais técnica, a fibra óptica é formada por um núcleo de maior refração; ou seja, o cabo contém um núcleo central em formato cilíndrico de cor transparente. Na camada externa do cabo, apresenta um menor nível de refração o que permite a máxima transmissão ou reflexão de luz. Por fora há um revestimento de plástico que tem a função de proteger o lado interno do fio.

Partes do cabo:

  • núcleo: área principal, por onde a luz é transmitida;
  • casca: cobertura que envolve o núcleo, tendo índice de refração diferente do núcleo;
  • revestimento primário: fica ao redor da casca e proporciona maior resistência mecânica à fibra.

Com essa composição em camadas, a conexão com a internet não sofre interferências e tem estabilidade e capacidade de transmitir bilhões de dados por segundo e percorrer grandes distâncias. A Anatel possui um documento técnico que estabeleceu uma sigla pela qual é possível identificar os diferentes tipos de cabos. A sigla em questão é a  CFOAC-X-W-Z, que significa: 

  • CFOAC: cabo de fibras ópticas de acesso;
  • X: tipo de fibra óptica;
  • W: (CM – compacto metálico ou CD – compacto dielétrico);
  • Z: número de fibras ópticas;
  • CA: classe de atrito;
  • K: grau de proteção ao comportamento frente à chama.
Estrutura e composição do cabo de fibra óptica - descarte ecológico com a Ecoassist. Imagem mostra o núcleo de vidro onde a luz é transmitida, a casca cobertura que envolve o núcleo e o revestimento primário que proporciona resistência mecânica à fibra

Quais os tipos de cabo de fibra óptica?

Quando se fala no assunto o mais importante é verificar se o cabo em questão possui o certificado de conformidade da Anatel. Essa certificação é importante para assegurar segurança aos provedores de internet, funcionários e usuários finais do serviço.

  • COG: o cabo óptico de uso geral é comumente usado em aplicações verticais como em tubulações que contém diversos cabos sem fluxo de ar. A aplicação desse modelo pode servir para instalações internas e diversas construções.
  • LSZH: low smoke zero halogen utilizado para aplicações verticais. O objetivo desse tipo de cabo é ser seguro contra possíveis casos de incêndio. O LSZH funciona de forma a, caso pegue fogo, o cabo abafa a fumaça e, desse modo, oferece o mínimo risco de intoxicação. Esse tipo de cabo é exigido em lugares com alto fluxo de pessoas como teatros ou centros comerciais.
  • CFOI: cabo de fibra óptica para uso interno é dielétrico (isolador de eletricidade) e suas fibras ópticas ficam agrupadas em unidades básicas conhecidas como tubo loose. Esse tipo de cabo é indicado para uso interno e seu material possui elemento de tração dielétrica com um revestimento de termoplástico que não propaga chama.
  • SM: single mode (ou fibra monomodo) tem a característica de transmitir sinais para longas distâncias por possuir um prolongamento da dispersão do laser. É um cabo muito utilizado em redes externas.
  • MM: multi mode (ou fibra multimodo) tem um núcleo maior e sua capacidade de transmissão de dados permite que ele trabalhe com múltiplas fontes. Isso permite o tráfego de mais de um sinal, o problema é que o alcance desse tipo é infinitamente menor que o tipo SM. Sua aplicação é muito usada em redes locais e comumente instaladas em empresas de call center. 

A história da fibra óptica

Segundo José Antônio Justino Ribeiro em seu livro Comunicações Ópticas de 2006, a utilização dos fenômenos ópticos na comunicação remonta à idade das cavernas. Na época, os primeiros seres humanos utilizavam os sinais de fogo e fumaça para transmitir mensagens. Com o passar do tempo foram surgindo novos conceitos e novas descobertas capazes de desenvolver métodos de modulação da luz e aperfeiçoamento do uso de fibras ópticas para confinar a propagação da luz em um material que apresentasse pouca perda do sinal transmitido. 

No início de 1960 começaram a ser realizados experimentos utilizando canais ópticos na atmosfera, porém, este meio de comunicação foi classificado como economicamente desinteressante pelo seu alto custo de desenvolvimento e implementação. Outro problema enfrentado na época era a limitação dos canais ópticos nos casos de chuva, neblina e neve. Concomitantemente, foi reconhecido que uma fibra óptica poderia fornecer um sinal de transmissão confiável pois não estaria sujeita às intempéries.

A fibra óptica que temos atualmente é resultado de um avanço tecnológico que só foi possível devido às pesquisas de um grande número de pesquisadores e um enorme investimento financeiro feito por várias empresas e centros de pesquisa ao redor do mundo. As principais limitações que impediam o uso da fibra foram superadas com o surgimento do guia óptico em 1954 a partir dos trabalhos do pesquisador holandês Van Heel.

As primeiras conexões com fibra óptica foram feitas na década de 1970 quando pesquisadores demonstraram a viabilidade da produção de uma fibra de vidro que teria uma perda de potência baixa e possibilitaria transmissões básicas. Comparada com os fios de cobre, as fibras ópticas apresentam muitas vantagens de desempenho podendo transmitir sinais de telefonia em distâncias em torno de 10km. Assim, durante os anos 1980 foi possível aumentar a capacidade da fibra óptica criando conexões em distâncias de centenas de quilômetros. Ou seja, os cabos metálicos foram substituídos por fibras ópticas graças aos ganhos de velocidade de transmissão, resistência das fibras a interferências e pela grande flexibilidade desse material.

cabo de fibra óptica Ecoassist

Reciclagem da Fibra Óptica

As fibras ópticas costumam ser coletadas por nós em quantidades quilométricas. Elas geralmente têm dois destinos, em alguns casos são enviadas para o coprocessamento e, em outras, são enviadas para a reciclagem. Na destinatária final, o material é reciclado em uma máquina específica e são separados o plástico da fibra de vidro de forma que essas matérias-primas possam ser reutilizadas. Assim, as matérias primas podem ser reinseridas no mercado, gerando economia circular e ainda, promovendo uma vantagem competitiva no mercado por se apresentarem com um preço inferior à matéria-prima virgem. Os resíduos que não são transformados em matéria prima podem ser transformados em insumos que atendem a diversos setores da indústria, em especial, a indústria automobilística e de transformação de polímeros.

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2010, é responsabilidade dos fabricantes, indústrias, importadores e até mesmo comerciantes, cuidar dos resíduos produzidos por eles. Para continuar com sua empresa dentro da lei, oferecemos o serviço de logística reversa e descarte ecológico de forma totalmente personalizada para atender às suas necessidades.  Confie em quem está há 11 anos no mercado de Descarte Ecológico! Para solicitar seu orçamento responda o formulário abaixo ou entre em contato conosco pelo e-mail: comercial@ecoassist.com.br

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