Você já parou para pensar no que acontece com o lixo depois que o descartamos? A destinação de resíduos sólidos é um processo essencial para reduzir impactos ambientais, evitar a poluição e promover um uso mais sustentável dos recursos naturais.
Seja no dia a dia das empresas ou nas nossas casas, o descarte correto dos resíduos faz toda a diferença. Mas afinal, o que significa destinar resíduos de forma adequada? Por que isso é tão importante? E como podemos contribuir para um mundo mais sustentável?
Neste artigo, vamos explicar tudo sobre a destinação de resíduos sólidos, sua importância e as melhores formas de realizá-la. Confira!
O que é a destinação de resíduos sólidos?
Antes de explicarmos o conceito de destinação de resíduos sólidos, é fundamental entender afinal o que são esses resíduos.
De forma simples e acessível, resíduo sólido nada mais é do que lixo. No contexto urbano, ele pode ser classificado em dois principais tipos: doméstico e industrial. O primeiro refere-se ao lixo gerado em nossas atividades diárias, como restos de alimentos e embalagens.
Já o segundo grupo corresponde aos resíduos gerados nos processos produtivos das empresas, incluindo sobras de matéria-prima, resíduos químicos e outros materiais descartáveis. O gerenciamento adequado desses resíduos é essencial para evitar impactos ambientais, mas também para possibilitar sua recuperação e reintegração à cadeia produtiva, promovendo a economia circular e a sustentabilidade industrial.
Agora, retomando o conceito de destinação de resíduos sólidos, trata-se do processo de encaminhamento desses materiais para locais e tratamentos adequados, garantindo um descarte seguro e ambientalmente responsável. Entre as principais estratégias estão a reciclagem, logística reversa , compostagem, incineração, disposição em aterros sanitários controlados e o reaproveitamento para geração de energia. Dentre essas opções, a reciclagem é a mais recomendada e priorizada.
Qual a importância da destinação de resíduos sólidos?
A destinação correta dos resíduos sólidos é essencial tanto para o meio ambiente quanto para as empresas. De um lado, ela minimiza os impactos ambientais, evitando a contaminação do solo, da água e do ar causada pelo descarte inadequado. De outro, auxilia as empresas a cumprirem normas ambientais, reduzindo riscos de penalidades e promovendo uma imagem corporativa mais sustentável. Inclusive, mais de 41% dos resíduos urbanos tiveram destinação inadequada em 2023, o que reforça a urgência de ações eficazes para reverter esse cenário.
Quando destinados para a reciclagem, os resíduos sólidos podem ser transformados em novos produtos, reduzindo a necessidade de extração de matéria-prima e contribuindo para a economia circular. Isso preserva os recursos naturais, gerando oportunidades de negócios e empregos no setor de reciclagem.
Destinação de resíduos sólidos e PNRS
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/2010, estabelece diretrizes para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos no Brasil. De acordo com essa legislação, a destinação correta dos resíduos é uma responsabilidade compartilhada entre diferentes setores da sociedade, incluindo governos, empresas e cidadãos.
As empresas, por sua vez, têm a responsabilidade de gerenciar todos os resíduos gerados em suas atividades, adotando medidas que minimizem impactos ambientais e garantam a destinação correta, priorizando a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento antes da destinação final em aterros sanitários, garantindo um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
Mesmo com o prazo legal para encerramento dos lixões até agosto de 2023, 21,5% dos municípios com mais de 50 mil habitantes ainda utilizavam esse tipo de destinação — o que evidencia os desafios na implementação efetiva da PNRS em nível municipal.
Após finalizar o processo de destinação, as empresas recebem o certificado de destinação final, que comprova que os resíduos foram descartados de maneira adequada, além dos certificados MTR e CDR quando solicitado, em conformidade com as normas ambientais vigentes. Esses documentos são essenciais para demonstrar o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental, além de ser um requisito para auditorias e fiscalizações.
Como realizar a destinação de resíduos sólidos
Antes de abordarmos as principais estratégias para a destinação de resíduos sólidos, é importante entender a hierarquia da gestão de resíduos, que segue uma ordem de prioridade para minimizar impactos ambientais e promover a sustentabilidade.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece uma ordem de prioridade para a gestão de resíduos, seguindo o princípio dos 5 Rs:
Não geração
A melhor forma de gerenciar resíduos é evitar sua produção sempre que possível, adotando processos mais eficientes e sustentáveis.
Redução
Quando a geração de resíduos é inevitável, o ideal é minimizar a quantidade produzida por meio de melhorias nos processos produtivos e no consumo consciente.
Reutilização
Dar um novo uso aos materiais descartados, prolongando sua vida útil antes que se tornem resíduos.
Reciclagem
Transformação dos resíduos em novos produtos ou matérias-primas, reduzindo a necessidade de extração de recursos naturais.
Tratamento
Aplicação de tecnologias para minimizar os impactos ambientais dos resíduos, como compostagem para resíduos orgânicos e processos químicos para resíduos perigosos.
Agora que entendemos essa ordem de prioridade, podemos explorar as principais estratégias de destinação de resíduos sólidos.
Estratégias para a destinação de resíduos sólidos
1. Reciclagem
A reciclagem consiste na transformação de materiais descartados em novos produtos. Essa prática reduz o consumo de matéria-prima virgem e diminui a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários. Exemplo: plásticos, vidros, metais e papéis recicláveis.
2. Compostagem
A compostagem é uma alternativa sustentável para resíduos orgânicos, como restos de alimentos e podas de árvores. O processo transforma esses materiais em adubo natural, promovendo a fertilização do solo e reduzindo a quantidade de resíduos encaminhados para aterros sanitários.
3. Logística Reversa
A logística reversa envolve a devolução de produtos e embalagens pós-consumo ao fabricante ou distribuidor, garantindo que sejam reutilizados, reciclados ou descartados corretamente.
Aqui na Ecoassist, além de oferecer logística reversa para diversos tipos de resíduos, também realizamos o Descarte Ecológico, um serviço especializado para pessoas e empresas que desejam descartar corretamente itens como móveis, eletrodomésticos, resíduos eletrônicos e materiais recicláveis
4. Incineração com recuperação energética
A incineração controlada é uma solução para resíduos não recicláveis e perigosos. Quando associada à recuperação de energia, gera eletricidade ou calor a partir da queima dos resíduos, aproveitando seu potencial energético.
5. Aterros sanitários controlados
Para resíduos que não podem ser reciclados, reaproveitados ou tratados, os aterros sanitários controlados são a opção mais segura. Eles são projetados para minimizar impactos ambientais, evitando a contaminação do solo e dos lençóis freáticos por meio de sistemas de impermeabilização e drenagem de chorume.
Ainda assim, vale lembrar que essa deve ser a última alternativa na hierarquia da gestão de resíduos, adotada somente quando todas as possibilidades de reaproveitamento e tratamento forem esgotadas.
Conclusão
A destinação adequada dos resíduos sólidos não é apenas uma obrigação legal, mas uma necessidade urgente para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Ao adotarmos práticas como reciclagem, compostagem e logística reversa, estamos contribuindo para um futuro com menos desperdício e mais eficiência no uso dos recursos naturais.
Cada atitude conta! Empresas, governos e cidadãos têm um papel essencial nesse processo, garantindo que os resíduos sejam tratados de forma responsável. Com pequenas mudanças no dia a dia, podemos transformar o descarte em oportunidade, promovendo um mundo mais limpo, equilibrado e sustentável para as próximas gerações.