Você já parou para pensar na quantidade de aparelhos eletrônicos de computação e telefonia, como celulares, tablets, computadores e seus dispositivos são gerados diariamente no mundo? Igualmente, já refletiu sobre para onde todos esses aparelhos vão ao serem descartados e, ainda, que tipo de impactos negativos eles podem ocasionar no planeta?
Nesse sentido, para abrir margem à discussão sobre os impactos do lixo eletrônico (ou E-lixo) na natureza e na saúde pública, neste artigo você verá os tópicos seguintes.
- A geração e os impactos do lixo eletrônico;
- Fontes de lixo eletrônico;
- Danos derivados do lixo eletrônico; e
- Conscientização sobre a geração de lixo eletrônico.
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A geração de lixo eletrônico
Conforme estimado pela Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (ABETRE), dos resíduos industriais perigosos gerados anualmente no Brasil, aproximadamente apenas 600 mil toneladas de um total de 2,9 milhões de toneladas são descartadas corretamente. Desse modo, tais cálculos evidenciam a alta probabilidade desses resíduos descartados de maneira errada incutirem em danos ao planeta devido aos elementos tóxicos em sua composição.
Ademais, o próprio processo de produção de produtos eletrônicos demanda
altos custos, além de um consumo exacerbado de recursos naturais finitos. Dessa forma, o impactos do lixo eletrônico sobre o meio ambiente se inicia desde sua fabricação. Inclusive, um novo modelo industrial vem sendo proposto para erradicar a prática de extrair, utilizar e descartar; a economia circular propõe que os sistemas de produção e consumo sejam dispostos em circuitos fechados, de modo a possibilitar uma produção industrial mais limpa, envolvendo a reutilização, a reparação e a reciclagem.
Saiba mais sobre a Economia Circular neste link.
Fontes de lixo eletrônico
Sabe-se que o processo de Descarte Ecológico e tratamento de resíduos possui a etapa de separação por tipos para receberem a melhor destinação, assim, classificados como lixo eletrônico temos: equipamentos eletrodomésticos (como aspiradores, fogões, fornos de micro-ondas, fechaduras elétricas, batedeiras etc.), de informática (alto-falantes, monitores, mouses, webcams, teclados etc.) e de telefonia (interfones, smartphones, tablets, celulares, faxes etc.)
Só para ilustrar, dentre os insumos necessários para a produção desses
produtos eletrônicos, encontram-se:
- Sódio;
- Potássio;
- Cálcio;
- Ferro;
- Zinco;
- Cobre;
- Níquel;
- Magnésio;
- Arsênico;
- Chumbo;
- Cádmio;
- Mercúrio.
Apesar de ainda faltarem outros, a lista é grande e, a partir disso, já podemos prever as diferentes formas de impacto que esses elementos são capazes de provocar.
Danos derivados do lixo eletrônico
Em suma, o descarte incorreto de E-lixos impacta a saúde pública devido aos metais pesados, gera danos ao meio ambiente através da contaminação de solos, lençóis freáticos e os organismos da fauna e da flora e, além disso, reduz o tempo de vida dos aterros sanitários.
Em princípio, segundo o Departamento de Microbiologia da Universidade de São Paulo (USP), os metais classificam-se em:
- Elementos essenciais: sódio, potássio, cálcio, ferro, zinco, cobre, níquel e magnésio;
- Micro-contaminantes ambientais: arsênico, chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio, titânio, estanho e tungstênio;
- Elementos essenciais e simultaneamente micro-contaminantes: cromo, zinco, ferro, cobalto, manganês e níquel.
Em seguida, a contaminação por meio dos elementos acima, a depender da dose, desencadeia desde sintomas de curto prazo, agudos e visíveis até de médio e longo prazo por todo o organismo.
Por consequência, os danos à saúde são diversos e, para exemplificar, separamos os sintomas decorrentes pela contaminação através dos metais pesados comumente presentes em um computador. Veja abaixo.
Chumbo: seus sintomas, dependendo da quantidade que levou o indivíduo à contaminação, pode incutir em vômitos, diarreia, convulsões, ao coma ou à morte;
Bário: causador de edemas cerebrais, fraqueza muscular, danos ao coração, fígado e baço;
Mercúrio: causador de danos cerebrais e no fígado;
Arsênico: a depender da exposição crônica ou continuada, é causador de doenças de pele, diminuição da velocidade de transmissão dos impulsos nervosos e câncer de pulmão;
Cádmio: provoca fraqueza, febre, dores de cabeça, calafrios e dores musculares;
Cloreto de polivinila (PVC): quando inalado, é causador de problemas respiratórios.
Conscientização sobre o lixo eletrônico
É de responsabilidade de produtores e consumidores finais o descarte correto de resíduos sólidos, dentre eles, o impactos do lixo eletrônico, a partir da Lei nº 12.305/10 – Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Porém, para que haja uma mudança desde o consumo exagerado de eletroeletrônicos até ao descarte igualmente inadequado, capaz de provocar os danos acima, é necessária a conscientização de todos acerca do assunto.
Assim, é a partir da educação ambiental que poderemos alcançar um sistema econômico com consumidores mais conscientes e modelos de produção mais sustentáveis.
Há empresas especializadas no Descarte Ecológico autorizadas e treinadas para tratar os resíduos e descartá-los de maneira segura, como a Ecoassist, e, ainda, projetos que visam a reutilização de E-lixos.
A saber, em 2017 foi anunciado um plano de implantação de Centros de Recondicionamento e Reciclagem de Computadores (CRC) pelo Governo do Brasil, integrando o projeto Inclusão Digital, que “visa recuperar computadores descartados anualmente pelos órgãos governamentais e pela iniciativa privada e destiná-los à telecentros, escolas e bibliotecas”.
Saiba mais sobre o projeto Inclusão Digital neste link.
Caso tenha alguma dúvida ou deseje firmar uma parceria, entre em contato com a Ecoassist através do e-mail comercial@ecoassist.com.br ou ligue para 0800 326 1000.
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