Um tema que vem sendo incentivado por meio de acordos setoriais, decretos e outros instrumentos é a mineração urbana. Até mesmo porque ela é capaz de reduzir a dependência existente da extração de matérias-primas da natureza e, além disso, de influenciar a economia e diminuir os preços pelos materiais.
Posto que o contexto digital da atualidade gera um número extensivo na produção de produtos eletrônicos e, por consequência, lixos eletrônicos, quando se tornam obsoletos ou atingem o fim de sua vida útil, voltar a atenção aos elementos que compõe tais aparelhos é enxergar através de uma nova perspectiva o que o processo de Descarte Ecológico pode resultar ao dar condições de promover a mineração urbana.
Ainda não conhecia o tema? Então, confira o que será abordado neste artigo para saber tudo sobre mineração urbana.
- O que é mineração urbana;
- A importância do Descarte Ecológico; e
- Benefícios da mineração urbana.
Fale Conosco
O que é mineração urbana
A princípio, a mineração urbana, em contraste com a mineração tradicional, consiste no processo de obtenção de matérias-primas derivadas de resíduos eletrônicos para serem recicladas e reutilizadas pela indústria.
Isto é, ao passar pelo processo de mineração urbana, os minerais extraídos dos aparelhos são chamados de matérias-primas secundárias, cujo objetivo principal é diminuir o desperdício de recursos naturais e a diminuição das extrações da natureza.
A saber, os minerais possíveis de serem recuperados são: mercúrio, ferro, ouro, prata, alumínio, cobre, vidro, dentre outros. Sabe-se que, quando descartados incorretamente, o dano que os lixos eletrônicos podem incutir no meio ambiente e na saúde pública são irreversíveis.
Contudo, com a mineração urbana, você pode dar outra finalidade para tais elementos tóxicos e dessa forma proteger o meio ambiente. Além disso, também é possível alcançar benefícios econômicos.
A importância do Descarte Ecológico para a Mineração Urbana
Por certo, o processo de tratamento que os resíduos recebem no Descarte Ecológico é mais complexo do que muitos imaginam. Aliás, são quatro as suas etapas, a saber:
- A retirada dos produtos;
- A triagem (separação e classificação por tipo de resíduos);
- A descaracterização;
- Por fim, a reciclagem.
Cabe ressaltar que a última etapa, a de descaracterização dos lixos eletrônicos, será onde as matérias-primas serão separadas para que passem pelo processo de reciclagem e possam ser reutilizadas de diversas outras formas pela indústria.
Portanto, ao ser realizada, os resíduos poderão ser enviados para a reciclagem e reutilizados de forma segura. Ou seja, sem acarretar perigos de contaminação devido às substâncias tóxicas contidas neles.
Conforme o periódico Mineração Urbana de resíduos eletroeletrônicos: uma nova fronteira a explorar no Brasil, elaborado pela CETEM, “a parte não reciclada apresenta destino oficialmente desconhecido; possivelmente disposta em aterros, comercializada clandestinamente ou reciclada impropriamente, sem os devidos cuidados ambientais”.
Dessa forma, como as empresas especializadas em Descarte Ecológico possuem autorização para atuar neste segmento e, principalmente por se tratar de resíduos que possuem elementos tóxicos, para conduzir os tratamentos necessários a estes, é primordial que os resíduos sejam destinados a tais empresas. Ou, ainda, que sejam deixados em pontos de coleta para que também possam ser adequadamente tratados.
Veja aqui o processo por trás do Descarte Ecológico.
Incentivos
Além disso, devido à publicação da Lei nº 12.305 de 2010 que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e os critérios para a implantação do Sistema de Logística Reversa, bem como por meio das regras estabelecidas por Acordos Setoriais, a mineração urbana ganhou mais chances de incentivo.
Ademais, nosso país conta com duas normas técnicas a respeito da gestão de resíduos eletroeletrônicos: a ABNT NBR 15.833:2010 e a ABNT NBR 16.156:2013. A primeira diz respeito à manufatura reversa de refrigeradores e, a segunda, à manufatura reversa de equipamentos eletroeletrônicos no geral.
Em suma, conscientizar-se sobre a importância desse processo e promovê-lo é uma forma de, também, possibilitar a mineração urbana para que os benefícios econômicos visando um ambiente sustentável sejam otimizados e se minimizem os impactos ambientais.
Benefícios da mineração urbana
Dessa maneira, confira abaixo os benefícios que a mineração urbana é capaz de promover.
- Independência das extrações de matérias-primas da natureza;
- Redução de preços dos materiais, pois serão constituídos de matérias-primas secundárias;
- Impacto menor que a mineração tradicional sobre os recursos naturais;
- Limitação de importações, já que as matérias-primas secundárias podem ser reutilizadas nos setores industrial e comercial;
- Melhor gerenciamento dos resíduos, uma vez que se baseia na chamada economia circular;
- Geração de mais trabalho e renda no ramo;
- Facilidade de reutilização, pois não precisam ser refinados, apenas derretidos.
Conforme podemos observar, a mineração urbana contribui para a sustentabilidade, vez que abrange três pilares: social, econômico e ambiental.
Portanto, são necessários mais investimentos para que essa prática se torne cada vez mais acessível. Assim, de fato, ela poderá atingir seu potencial para a recuperação de matérias-primas secundárias a partir do descarte de REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos) no país e no mundo.
E, Caso tenha ficado com alguma dúvida ou deseje pedir um orçamento, contate-nos através do e-mail comercial@ecoassist.com.br ou ligue para 0800 326 1000. Estaremos à sua disposição.
Acompanhe-nos no Instagram e LinkedIn
Você também vai gostar de ler: O que é Coprocessamento e como ele ajuda o meio ambiente
Fale Conosco